" As pessoas perguntam. Como você foi parar lá? O que querem saber , na verdade, é se existe alguma possibilidade de também acabarem lá. Não sei responder a verdadeira pergunta. Só posso dizer: É fácil.
E é mesmo fácil escorregar para dentro de um universo paralelo. São tantos... O mundo dos insanos, o dos criminosos, o dos aleijados, o dos moribundos... talvez o dos mortos, também. Mundos que convivem com este mas não lhe pertecem, embora a ele se assemelham
(...)
No universo paralelo , ficam revogadas as leis da Física. Nem sempre o que sobe desce, um corpo em repouso não tende a permanecer assim e nada garante que toda a ação corresponderá a uma reação igual e contrária."
Há alguns dias atrás eu terminei de ler o livro "Moça, interrompida" do filme "Girl, Interrupted" contando sobre a história de Susanna Kaysen em uma clínica psquiátrica. (acima um pequeno pedaço da primeira página do livro)
O livro é realmente bom e muito interessante, só que como nada é perfeito, eu acabei me decepcionando um pouco com o filme,depois de lê-lo.
A explicação que a escritora faz sobre a "disfunção da personalidade limítrofe" foi excelente, o que fez eu compreender mais um pouco sobre o assunto e até me interessar mais a respeito dos conceitos da loucura.
"Uma luz como essa não existe, mas nós desejamos que exista. Desejamos que o sol nos faça jovens e belos, desejamos que nossas roupas reluzam e deslizem sobre nossa pele e, acima de tudo, desejamos que todos os nossos conhecidos possam se iluminar com um simples olhar nosso, como acontece com a criada que segura a carta e o soldado de chapéu.
A moça e sua música vivem em outro tipo de luz, a luz caprichosa e mortiça da vida, que só permite que nos vejamos e aos outros imperfeitamente, e raras vezes."
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