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"Um dia estarei curada e hei de transformar essas feridas em trágicas comédias"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Não me importo.









Não gosto de ninguém que eu não dei nenhum tipo de espaço se intrometendo na minha vida. Querendo dizer o que devo ou não fazer, o que acha certo ou errado. Minhas ideias sobre o que devo fazer da minha vida, falar não vão ser interferidas por ninguém. O que eu penso que é certo pra mim hoje, vai continuar certo até eu aprender que não, se caso isso acontecer. 
Cada um tem sua opinião sobre alguém ou algo , e eu tenho a minha. Eu sempre resolvi meus problemas sozinha, sem colocar ninguém no meio. E vou continuar sendo assim sempre. Não mudo meus conceitos porque falaram que isso é errado pra mim. Eu tenho o dom de ignorar cada palavra desse tipo de pessoa. 
Já fui julgada muitas vezes por não aceitar opiniões, por fazer o que eu gosto e acho digno pra mim, já viraram a cara comigo por isso. Por eu ser eu mesma. E eu nunca achei isso errado. Eu respeito o pensamento sobre qualquer coisa de qualquer pessoa. Então eu sempre desejo o mesmo pra mim, e se isso não acontecer, que se foda.
Não sou egoísta por fazer isso, e nem nada. É que a vida me ensinou da maneira mais difícil que o melhor é escutar a si mesmo, e deixar pra lá o que vão pensar. 
Arco com tudo que vier depois, arco sozinha. Porque desde pequena eu aprendi a me virar assim. Não tive minha mãe ao meu lado todo tempo, pelo contrário, morei longe dela durante um ano. Tive que dividir e dar de sobra toda a atenção pro meu irmão que nasceu com problemas de saúde, e nunca tive ciúmes disso por sempre ter entendido e se eu fosse minha mãe teria feito e me preocupado o mesmo. Nunca dependi da minha mãe pra acordar pra ir para a escola, desde pequena eu acordava sozinha, com as ligações da minha avó. Que mesmo longe, era dessa forma que ela me acordava. Era eu quem fazia meu leite, meu lanche, que fazia as tarefas sozinhas, sem pedir ajuda. Quebrava a minha cabeça. E com isso e tudo mais, eu aprendi a amadurecer em algumas questões precocemente. 
Tenho a ajuda dos meus pais sempre que eu preciso e peço. Eles nunca me negam. Mas eu sempre tento dar um jeito sem por eles no meio, porque eu pretendo sair de casa, pretendo morar longe e sozinha, e terei que aprender a fazer tudo sem eles ao meu lado. Eu me dou ao luxo de ser ausente na minha família. Não vou em festas familiares, reuniões, não vou na casa da minha avó todo domingo como meu irmão faz, como a maior parte das pessoas fazem ou antigamente faziam.
As vezes penso que talvez, por essa distância provocada por mim mesma, que eu seja assim, que eu pense apenas em mim. Mas sou feliz desse jeito. Porque eu gosto de ouvir da minha mãe , quando ela fala para as amigas dela: ''a Jayne sempre se virou sozinha''. Eu tenho um sentimento bom sobre isso, não negativo. E tenho orgulho de mim assim.
Meu pai é o neutro nisso tudo. Meu irmão é uma criança de 10 anos que cada ano que passa eu descubro que o meu sentimento por ele é maior. E assim vou seguindo a minha vida. Apenas me importando com as pessoas que eu AMO!

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